Imagens explodem em seu coração, sentimentos retornam com as
palavras que lê. Como pode de tudo isso esquecer-te? Não sabia mais o que
era felicidade, seus olhos já não brilhavam mais como antes. Apenas vivia, mas
não era como vento fresco que um dia soprou em seus pés e que te conduziam a
liberdade. “Um dia eu corri pelo campo verde” lembrou, mas não lembrava mais o
motivo de sua retirada para os dias junto ao abismo. Como pode se afastar de
tudo aquilo, pois era bom? Lembrou de um desejo. Era um desejo, mas hoje é
apenas o arrependimento.
E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.
O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés; trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se. Lucas 15:20-24
“Mas os ventos podem retornar?” pensou. Sentia vontade de
voltar. Queria se lembrar de como era bom sentir vida dentro de si. Queria
sentir que tudo voltara a ser tudo. Seu coração amargurado viu dentro
de si uma esperança. Eram flores brotando em meio da dor. Bem sabia o que
queria, mas o que deveria fazer? Sabia que seus pés não deviam permanecer
enterrados no mesmo lugar. Não podia voltar, mas podia mudar. Então começou a
andar.
Em meio a devaneios de dor, teve vontade de retornar, mas
lembrou-se do suave ar que sentiria e isso era o suficiente para saber que todo
o seu esforço era valido, pois a recompensa que teria era maior. Grande era o
valor que tinha o seu retorno. Grande era seu próprio valor, mas não mais se
lembrava disto.
De repente no caminho bruto e sombrio em que se encontrava algo
começou a mudar. As paisagens já não eram iguais. Agora ele via algo
incrivelmente brilhante lá no longe. Um vento começou a soar e seus pés já não
mais cansados estavam, então correu. Correu tão rápido que nem mesmo notou que
já correra quilômetros livre. Estava como um prisioneiro que depois de anos
retorna a seu lar, mas a alegria que sentia era ainda maior. Então havia
voltado.
“Eu voltei! Oh sim!” falava enquanto corria livremente pelo
campo verdejante. Sentia uma imensa alegria que transbordava sobre seu olhar
fortemente. Olhou tudo, sentiu tudo, mas nenhum de seus sentimentos foi
semelhante ao se deparar tão perto dEle. Não era como antigamente! Agora se
encontravam lado a lado. Quando tomou coragem e olhou em seus olhos viu o mais
doce olhar. Sentiu dentro de si que tudo tinha um sentido, um propósito. Então
começou a viver. Denise Zwirtes
Complemento:
E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou.E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.
O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés; trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se. Lucas 15:20-24
Que mensagem edificante e linda!
ResponderExcluirParabéns pelo talento!
Que Deus te abençõe com muitos outros trabalhos,Denise!
Um beijo no teu coração!